Às vezes entre a tormenta, quando já umedeceu, raia uma nesga no céu, com que a alma se alimenta. E às vezes entre o torpor que não é tormenta da alma, raia uma espécie de calma que não conhece o langor. E, quer num quer noutro caso, como o mal feito está feito, restam os versos que deito, vinho no copo do acaso. Porque verdadeiramente sentir é tão complicado que só andando enganado é que se crê que se sente. Sofremos? Os versos pecam. Mentimos? Os versos falham. E tudo é chuvas que orvalham folhas caídas que secam. |
quarta-feira, 14 de setembro de 2011
Às vezes entre a tormenta
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